Câmara do DF consumiu mais verba pública, mesmo com menos projetos

Câmara do DF consumiu mais verba pública, mesmo com menos projetos

Desgastada pela Operação Drácon, desencadeada em 2016 que se tornou o maior escândalo político do Distrito Federal desde a Caixa de Pandora, a Câmara Legislativa apresentou e votou um índice menor de projetos, em comparação com os números do ano retrasado. Ainda, consumiu mais dos cofres públicos: R$ 3,5 milhões, distribuídos entre verba indenizatória e ressarcimentos com outro teor, como hospedagens dos distritais durante viagens oficiais. Para impulsionar o rendimento da Casa, que retorna às atividades na próxima semana, e diminuir gastos, a nova gestão da Mesa Diretora, encabeçada por Joe Valle (PDT), anuncia reestruturações na rotina parlamentar.
As despesas dos distritais em 2016 subiram cerca de R$ 400 mil, em relação ao registrado em 2015, quando, juntos, eles torraram R$ 3,1 milhões. A maior parte, para a divulgação das próprias atividades: foram R$ 1,1 milhão só com impressões de fôlderes, informativos, jornais e revistas com descrições da atividade parlamentar. Os distritais também pagaram consultorias de marketing e publicidade e contrataram produções em multimídia. O valor direcionado às assessorias especializadas chegou a R$ 765,6 mil. No âmbito da assessoria jurídica, contratada pelos parlamentares para norteá-los sobre os aspectos viáveis às propostas, houve um gasto de R$ 320 mil.
Os gastos com combustível permaneceram na média estabelecida em 2015: os cofres brasilienses tiveram de repassar aos parlamentares cerca de R$ 280 mil relativos ao uso de gasolina nos carros. Com esse valor, seria possível abastecer os automóveis com pouco mais de 73 mil litros — índice suficiente para percorrer a circunferência do planeta Terra por 18 vezes ou rodar, em 32 oportunidades, o perímetro brasileiro. A Câmara ainda consumiu quase R$ 690 mil em aluguel de veículos.
Correiobraziliense