O
partido que ajudou a eleger o governador Rodrigo Rollemberg (PSB) está de volta
à base de apoio do GDF. O realinhamento foi selado há uma semana, na casa do
deputado federal Rogério Rosso, presidente do PSD-DF.
E
o primeiro movimento de que os laços se restabeleceram será a ida do distrital
Cristiano Araújo (PSD) para o bloco governista formado em torno da eleição das
10 comissões permanentes da Câmara Legislativa.
A
nova composição do chamado blocão deve ser publicada nesta terça-feira (21/2),
no Diário da Câmara Legislativa, e conterá o nome de Cristiano Araújo. Uma
primeira versão do grupo, chamado União por Brasília, já havia sido publicada,
contendo 13 parlamentares.
O
apoio na Câmara é essencial para o GDF ter controle das comissões mais
importantes da Casa, como as de Constituição e Justiça (CCJ), a de Economia,
Orçamento e Finanças (Ceof), e a de Assuntos Fundiários (CAF).
Contrapartida
Em
contrapartida, Rollemberg volta a abrir espaço para o PSD. Não é novidade que
ele e seu vice, Renato Santana, se estranham desde o começo do governo
socialista, a ponto de, recententemente, o líder do Buriti tirar todo o poder
de seu substituto, o exonerando das funções nas administrações regionais.
A
tendência é que Santana volte a assumir um cargo executivo. Há um entendimento
de que o vice leva jeito no trato direto com a população. Na conversa com
Rosso, Rollemberg demonstrou boa vontade em alçar Santana de novo a uma função
com mais poderes dentro do governo.
Não
há ainda uma definição de espaços. Foi ventilada a hipótese de que ele ocupe a
Secretaria de Economia e Desenvolvimento Sustentável, hoje sob a administração
de Arthur Bernardes, também do PSD.
Espaço
nas RAs
As
administrações regionais também estão em jogo. Paranoá e Santa Maria fazem
parte do escopo que interessa à legenda de volta ao seio governista. Quem não
está gostando nada dessa situação é o distrital Robério Negreiros (PSDB), que mantém
base eleitoral nessas cidades.
Rollemberg
segurou o quanto pôde o seu estilo centralizador. Mas, a menos de dois anos das
eleições, precisa começar a rever sua conduta, muito criticada entre no meio
político.
A
Rosso, o governador não teve melindres para admitir que falhou em sua
estratégia de articulação com os partidos. O discurso encantou o deputado
federal que, por seu lado, também precisa começar a pensar em 2018.
Metrópoles
DF